domingo, 26 de maio de 2013

a harpa fantasma


"Droga! Por que toda vez tem que ser eu a entrar nessa escola velha?", foi o que disse o zelador do colégio. Ele tem de entrar toda a noite lá para guardar coisas velhas que estão na escola nova. O zelador sempre que ia para a escola velha, ficava com medo, pois sempre ouviu dizer que havia fantasmas lá. E nesse dia não foi diferente. Ele estava se encaminhando em direção à sala de música, que segundo ele mesmo dizia, era o único lugar que não lhe dava tanto medo. Ele foi entrando na sala, carregando uma caixa, com alguns instrumentos musicais de pequeno porte, como um metrônomo, um triângulo e etc. Lá ele viu que a sala estava desolada e logo mirou uma grande harpa que estava situada na janela da sala. Ele se lembrou então do antigo professor de música, que adorava tocar harpa e logo começou a cantarolar uma das melodias favoritas do professor, o réquiem! Cantarolava alegremente a sinfonia, enquanto limpava o chão da sala de música, pois era uma das coisas que mais gostava de fazer. Só que quando menos se esperava, ele começou a ouvir a sinfonia sendo tocada. "É tão bela! Tão divina, que parece que está sendo tocada pelo professor!", disse em voz alta. Mas quando ele se deu conta, ele olhou em direção à harpa e viu que ela estava mexendo suas cordas. Ele deu um grito enorme e logo em seguida, as cordas pareciam se soltar em direção a ele, assim, prendendo-o nas cordas. Foi a última vez que o zelador foi visto.

Gakkou no Kaidan: O Livro Fantasma de Rei Miyanoshita

Observação: O anime histórias de fantasmas (Gakkou no Kaidan) não me pertence.


7°Capítulo: A Sinfonia da Morte!

Era fim de tarde de sexta feira. Todo mundo não via a hora de dar 16:30, para sair. Na classe de Satsuki, Hajime e Reo contavam as horas ansiosamente, quando estes são interrompidos pelo senhor Sakata:
"Antes de saírem, quero divulgar umas tarefas comunitárias, que foram dadas à nossa escola! – disse o senhor Sakata".
"Ai não! Lá vem encrenca de novo para o nosso lado! – disse Hajime, se desanimando junto com muitos alunos".
"Aqui tem vários papéis, contendo os nomes de cada aluno! Cada um deles tem um nome de alguma instituição para onde serão mandados os alunos citados. Os lugares que são: o Orfanato Tsubasa; Hospital Santo Rosário (Nesse momento, Satsuki fecha um pouco o rosto, ao ouvir o nome do hospital em que sua mãe faleceu); Centro Veterinário Nekoi e o Lar de idosos Green Hill. Eu vou chamando os alunos por ordem de lugar em que se sentam e conforme eu chamo, eu indico para qual instituição irão, ok? – disse o Sr. Sakata".
Todos os alunos concordaram. Satsuki tinha ficado preocupada. Quando ouviu o nome do hospital em que sua mãe ficou até falecer, ela ficou em choque, mas logo se recuperou. Hajime ficou chateado, pois planejava sair no final de semana com Reo e Keiichiro para praticar esportes. E sendo assim, antes de sair, o sr. Sakata foi indicando cada aluno que chamava para uma instituição. Alguns ficavam felizes, como Myo, que foi indicada para o Centro Veterinário Nekoi, outros ficaram bem chateados, como Keita, que foi mandando para o Hospital Santo Rosário. Conforme o sr. Sakata chamava um aluno e o indicava para algum lugar, a reação deles era boa ou ruim. Logo, foi a vez de Reo. Reo fora indicado para o Lar de Idosos Green Hill e por mera coincidência, Satsuki e Hajime também foram indicados para o lar de idosos. Terminada a seleção, todos saíram. Em frente à escola, Satsuki e os meninos se encontram com Momoko e Keiichiro:
"Nossa, que legal! Vocês também foram indicados para o Lar de Idosos Green Hill? – perguntou Momoko, sempre sorrindo".
"É sim! Acho que vai ser uma experiência legal! Meu pai me disse que foi lá uma vez quando era mais novo! – disse Satsuki – E você Keiichiro? Foi indicado para lá também? – completou, perguntando ao irmão".
"Vou sim! Deve ser maneiro! – disse Keiichiro".
"Maneiro para vocês! Para mim é um horror! Perdi meu fim de semana! – disse Hajime".
"Credo Hajime! Quero ver quando você ficar velhinho! Se continuar agindo assim, ninguém vai querer te visitar, pois será um velho ranzinza! – disse Satsuki, tirando uma com a cara do menino, que ficou sem graça, ainda mais, vendo os outros rirem dele".
"Eu to louco para ir lá! Dizem que lá, tem uma lenda que... – disse Reo, sendo interrompido".
"Ih, não vem com essa de fantasmas não, Reo! – disse Hajime".
"Me deixa completar Hajime. A lenda que falo, é de um senhor que vive lá, que é músico! Dizem que foi ele quem ensinou nosso professor de música, que faleceu há três anos, a tocar! – disse Reo".
"Muito legal Reo! – disse Momoko".
"É, mas nós não podemos ir lá para ver o senhor tocar, e sim para cumprir a tarefa mandada! Ela vai valer pontos em nossos boletins! – disse Satsuki".
"Sim! – disseram juntos Hajime, Reo, Momoko e Keiichiro".
"Vamos nos encontrar na sua casa Satsuki, as 8:00 da manhã, tudo bem? – perguntou Momoko".
"Por mim ta tudo bem! Vamos indo gente? – falou Satsuki".
Sendo assim, a turma toda se dirigiu em direção às suas casas. Só que eles não se deram conta de que estavam sendo observados por Masato. "Um senhor que é músico e vive num asilo? Parece divertido, se for do jeito que imagino, hehe!", falou para si mesmo. Assim, Masato saiu tranqüilamente de trás da árvore e foi embora também. A noite começava a tomar conta da cidade. Na casa de Hajime, encontramos o menino, deitado e roncando alto. Logo o telefone toca e ele leva um baita susto. Ele atende ao telefone...:
"Alô, residência dos Ayoama, Hajime falando! O que deseja? – perguntou".
"Alô, Hajime? – perguntou uma voz, era Satsuki".
"Ô Satsuki, se quer falar comigo, aparece na janela né! Ah não, você mora longe né, Hehehe – disse Hajime, brincando".
"Ai Hajime, como você é bobo! To ligando para fazer um teste! – disse Satsuki".
"Teste para que? – perguntou o menino".
"Para ver se você vai acordar amanhã! Ou se esqueceu que seus pais foram viajar? – perguntou ironicamente Satsuki".
"Eu acordo sim! Mas mesmo assim, valeu pela preocupação! – disse Hajime".
"De nada! Sabe... fiquei muito feliz de saber que vamos juntos! – disse Satsuki".
"Eu também fiquei feliz! Feliz porque vamos juntos! – disse Hajime".
Ambos riram e continuaram a conversar por mais ou menos, uma hora(Oo). Logo depois que desligou o telefone, Satsuki arrumou suas coisas e foi ajeitar a casa, para depois fazer o jantar. Depois de tudo bem feitinho e realizado, Satsuki finalmente oi dormir. Antes de subir para seu quarto, ela falou para o seu pai sobre o Lar de Idosos Green Hill. Reiichiro ficara surpreso e feliz, pois conhecia o lugar. Depois de falar com seu pai, Satsuki finalmente foi dormir. No outro dia, de manhã, Satsuki e seu irmão, Keiichiro, estavam prontos para ir ao lar de idosos. "Tchau pai!" disseram os dois, saindo de casa. Satsuki vestia uma blusa vermelha e preta com um número 16 de cor branca, na altura de seu peito e saia branca com uma listra vermelha enquanto Keiichiro estava com uma camiseta amarela e azul, por cima de uma blusa preta e bermudão jeans. Logo, eles saíram se encontraram em frente a sua casa, Hajime, Reo, Momoko e Masato, que era da classe de Momoko e também fora indicado para a tarefa:
"Até você Masato? – perguntou Keiichiro".
"Fazer o que né? – disse Masato"
"Legal! A turma toda está reunida, vamos? – perguntou Satsuki".
"Demorou! – disse Hajime".
"Vamos nessa! – gritou Keiichiro".
"Vamos! – disse Momoko".
"É! – disse Reo".
Sendo assim, a turma se encaminhou para o Lar de Idosos Green Hill, que ficava há uns 20 minutos do colégio, indo de ônibus. No ônibus, Satsuki e Momoko iam conversando; Reo e Keiichiro ficavam falando sobre o tal senhor músico; Masato dormia tranquilamente e Hajime ouve música em seu disc-man. Finalmente a turma chega ao lar, todos sem impressionam. Era uma enorme mansão. No portão de entrada, tinha escrito o nome do asilo. O caminho até a mansão era coberto por árvores e flores, como margaridas, tulipas, rosas entre outros tipos. A mansão era linda. Branca por fora, com mesas, chafariz. Era tudo muito bonito. Todos ficaram impressionados e logo foram recepcionados por uma senhora:
"Ah, então, vocês são alunos do Sakata, não é? – disse a senhora que aparentava ter uns 68 anos".
"Isso mesmo! Somos alunos dele sim! Viemos para cumprir a tarefa dada pelo colégio! – disse Satsuki".
"Me acompanhem, por favor! – disse a senhora, entrando com a turma, dentro da mansão".
Se por fora, o lar era lindo, por dentro, não seria diferente. Parecia um grande palácio. Tinha tudo do bom e do melhor para todos os idosos que ia para lá. A senhora, dona do lar, ia explicando para Satsuki e sua turma sobre o lugar e sobre o que poderiam fazer. Sendo assim, o dia no Lar de Idosos Green Hill começaria. A turma toda ajudou a fazer as coisas. As meninas se encarregaram de trabalhar na cozinha. Os meninos fizeram tarefas simples, como arrumar as camas, cuidar dos quartos e auxiliar alguns idosos. Keiichiro foi o que se saiu melhor em suas tarefas. Conquistou a amizade de muitos senhores. Satsuki e Momoko também se deram bem em tudo. Já Masato, Reo e Hajime, eram tão atrapalhados. Perdiam-se em muitas tarefas e quase sempre, tomavam bronca dos velhinhos. Foi assim, até a hora do almoço, que foi em grande estilo, em frente a grande mansão:
"To acabado! – disse Hajime".
"Todos estamos! To adorando aqui! É muito legal! – disse Satsuki".
"Eu gostei! É muito calmo e tranqüilo, sem contar que é bem bonito! – disse Momoko".
"Quero ver ela dizer isso quando estiver com seus 65 anos, heheh! – disse Masato".
"Achei aqui muito legal! Vou querer voltar aqui mais vezes! – disse Keiichiro".
"Aposto que não! – disse uma voz rouca, de um senhor...".
"Quem é você? – perguntou Reo, levando um susto".
Quando Reo viu quem falava, se deparou com um senhor alto, de cabelos bem brancos, e de barba bem cheia, e bem branca também. Ele vestia um blazer de cor marrom e calça cinza e carregava consigo, uma bengala.
"Me chamo Reiko Aragaki! E digo a vocês, que jamais irão desejar voltar para esse lugar! – disse o Sr. Aragaki, olhando severamente para todos".
Por que diz isso? – pergunta Satsuki".
Hunf! Vejo que vocês não sabem de nada! Bem, não vou ficar enrolando aqui com vocês crianças! Deixem esse velho senhor caminhar um pouco! – disse o Sr. Aragaki, saindo de cena".
"Eu hein! Que velho maluco esse, hein! – disse Hajime".
"O que será que deve ter aqui no lar de idosos, que fez com que esse senhor nos falasse que jamais iríamos querer voltar? – perguntou Momoko".
"Não deve ser nada demais! Vai ver, é só um senhor que gosta de ficar sozinho! – disse Masato".
"Pode ser! – disse Keiichiro".
"Bom gente, eu acredito que ele esconde algo de misterioso! Ele tem um olhar bem severo, não acham? – perguntou Reo aos amigos".
"Ai Reo, não começa! – disse Satsuki, se irritando".
"Ta bom! – disse Reo".
A turma voltou a almoçar e conversar mais sobre as coisas que faziam no lar de idosos. Enquanto isso, perto dali, o velho Sr. Aragaki caminhava tranqüilamente, mas falando para si próprio: "Tomara que essas crianças não tenham problemas aqui!". O Sr. Aragaki tinha um olhar mais preocupado naquele momento. O dia foi passando. A turma voltou a fazer algumas tarefas e depois ganharam uma folga merecida. Reo aproveitou a folga para ficar contando histórias para Keiichiro e Momoko. Masato se acomodou na primeira árvore que viu e lá, deitou, no chão. Já Satsuki estava num canteiro de flores. Ela admirava a beleza delas e pensava no trabalhão que tiveram para deixa-las tão bonitas. De repente, Satsuki sente uma brisa bem leve. Logo, ela soltou o cabelo, que era preso por uma longa trança, revelando belos cabelos castanhos. "Que delícia! É tão pacífico aqui!" disse para si mesma. Ela curtia o momento, sentindo a brisa daquela tarde. Logo, a figura de um menino alto, que vestia uma camisa verde, e calças de cor bege, aparecia em sua frente... Era Hajime:
"O Satsuki, o que você ta fazendo aí parada no meio das flores? – perguntou Hajime".
"Ah, é você Hajime! – disse Satsuki".
"Caramba, a Satsuki fica muito gatinha de cabelo solto! – pensou Hajime consigo mesmo".
"O que foi Hajime? Por que você ta vermelho? – perguntou Satsuki".
"Ah! O que? Deve ter sido... o sol! É isso! O sol, queimou meu rosto sabe? – disse Hajime, todo envergonhado".
"Hihihi! Ah Hajime, você é muito fofo, sabia? – disse Satsuki. – Hajime ficou sem reação".
"Sabe Hajime... eu ando muito preocupada com esse negócio de fantasmas sabe. Pensei que jamais iríamos lidar com essas coisas, mas vejo que não teve jeito! – disse Satsuki".
"Eu entendo! Nem imaginaria que tinha mais fantasmas na escola velha! – disse Hajime".
"Eu fico com muito medo de enfrenta-los! Tenho medo que eles façam mal ao meu irmão, ao meu pai e aos meus amigos! Mas duas coisas sempre me encorajam! – disse Satsuki, que tinha seu rosto levemente rosado".
"O que seriam essas coisas? – perguntou Hajime, se aproximando de Satsuki".
"Uma é a minha mãe! Sei que ela está conosco, não importa onde estivermos! E a outra coisa... é você Hajime! – disse Satsuki, abraçando o menino".
"Po...poxa Satsuki! Nem sei o que dizer! – disse Hajime".
"Sabe Hajime, os fantasmas só me deram uma coisa boa nessa vida... e essa coisa, foi à oportunidade de te conhecer! – disse Satsuki, olhando nos olhos de Hajime".
"Que coisa, não? Mas saiba que sempre estarei com você Satsuki, não importa a situação! Quero sempre estar do seu lado! – disse Hajime".
Satsuki e Hajime continuaram abraçados. Quando estavam prontos para se beijar, aparece Keiichiro chamando o casal, para ver uma espécie de recital de música na sala central do lar. Quando todos chegaram lá, viram uma coisa impressionante: Uma harpa grande. Satsuki ficou impressionada, quando viu a harpa. Mas a turma teria uma surpresa maior ao ver o tocador da harpa... Era o Sr. Aragaki. O recital começou e o Sr. Aragaki tocou uma bela canção chamada de "A Canção dos Ventos". De fato, a música era muito bonita e bem trabalhada, tanto que arrancou até algumas lágrimas de algumas pessoas da sala. Até Masato estava adorando a música. Terminada a canção, todos aplaudiram ele. Ele falou um pouco sobre a sua canção e sobre algumas canções, tocadas na harpa. No fim, ele decidiu tocar uma última canção: o réquiem.
Todos ouviram com bastante atenção a melodia. Reo se impressionava. Admirava cada acorde tocado. Tudo parecia estar bem na sala até que as luzes de lá começaram a piscar. Todos ficaram preocupados, menos o Sr. Aragaki, que parecia ter um olhar estranho e continuava a tocar a melodia. Satsuki ao olhar para o velho percebeu que ele possuía um brilho num tom azul claro. "O que há com ele?" perguntou para si própria. Logo, as luzes pararam de piscar e tudo voltou ao normal. A turma se reuniu do lado de fora da casa e começaram a comentar sobre o que tinha acontecido:
"Não acredito que um lugar tão grande e luxuoso, não tenha uma boa rede elétrica! – disse Hajime, resmungando".
"Mas foi tudo muito estranho! – disse Momoko".
"Estranho demais! Só pode ter sido coisa de fantasma! – disse Reo".
"Será, Reo? – perguntou Keiichiro".
"Ih! Lá vem você de novo Reo com essa de "é um fantasma!"! – disse Hajime".
"Pode ser que o Reo tenha razão! Na hora que a luz começou a piscar, eu olhei para o Sr. Aragaki, e vi que ele estava brilahndo! – disse Satsuki".
"Ta vendo Hajime! Estou certo! – disse Reo".
"Mas eu disse que pode ser que você tenha razão! Nada está definido ainda! – disse Satsuki".
"É! Hoje vai ser um dia normal! Vamos curtiu ele gente! – disse Keiichiro".
"Deviam acreditar no menino de óculos! – disse o Sr. Aragaki, aparecendo de repente".
"Sr. Aragaki! Por que disse isso? – perguntou Hajime".
De repente, um silêncio tomou conta do local. Era fim de tarde. O Sr. Aragaki então, pegou uma cadeira e se sentou junto com a turma de Satsuki, e começou a contar uma história para eles.
"Vou-lhes contar a história de Orfeu! – disse o Sr. Aragaki".
"Orfeu? Aquele da mitologia? – perguntou Reo".
"Não não! Esse é outro Orfeu! É o Orfeu da escola velha! – disse o Sr. Aragaki".
"Orfeu da escola velha? – perguntou Hajime".
"Sim! Há muito tempo, havia um professor de música, que era fascinado pelo Orfeu da mitologia! Ele era o melhor professor de música que havia no colégio! Só que ele tinha um defeito... – disse o Sr. Aragaki".
"Qual? – perguntou Satsuki".
"Ele dava mais valor à música, do que a sua própria vida! Tanto que ele se matou na sala de música da escola velha! – disse o Sr. Aragaki".
"Que horror! – disse Momoko, se assustando".
"É! E dizem que o fantasma dele rondava pela escola velha! – disse o Sr. Aragaki".
"Isso é verdade! Tanto que me disseram que há uns 2 meses atrás, o zelador foi encontrado desmaiado na sala de música da escola velha! – disse Reo".
"Ele pode ter visto o fantasma e desmaiou! – disse Keiichiro".
"Bem provável! – concordou Masato".
"Bom, mas aqui é um lugar pacífico! Não tem fantasma nenhum! – disse Satsuki, se levantando e deixando a conversa".
"Espera, Satsuki! – disse Hajime, indo atrás dela".
"Sr. Aragaki! O senhor na verdade, quis dizer que aqui pode estar o fantasma de Orfeu? – perguntou Reo".
"Acho provável, porque a harpa que vocês viram, era dele! – disse o Sr. Aragaki".
Todos se espantaram com a notícia. A possibilidade de Orfeu estar assombrando aquele local era de 100. Logo, a turma procurou manter a calma e se juntar a Satsuki e Hajime. A noite começava a surgir na cidade. A dona do lar de idosos pediu para que Satsuki e a turma ficassem para um jantar de agradecimento pelos serviços prestados. Lógico que a turma aceitou (principalmente Hajime, que se empanturrou de comida). Cutiram um super jantar, que tinha de tudo do bom e do melhor. Ao lado de Satsuki, estava sentado o Sr. Aragaki. Ele conversou com a menina sobre muitas coisas e claro, pediu-lhe desculpas por ter falado de fantasmas. Depois do jantar, a turma se reuniu numa espécie de recepção, para se despedir de todos. Muitos velhinhos ficaram tristes ao saber que a turma ia embora. Alguns assanhados choravam, porque Momoko estava indo embora e umas senhoras assanhadas também se lamentavam, pois Masato estava de saída também. Logo na hora de ir embora, o Sr. Aragaki aparece diante de Satsuki:
"Quero que aceite isso, senhorita Miyanoshita! – disse o Sr. Aragaki, entregando a Satsuki, uma pequena caixa. – "Uma aluna me deu isso certa vez, mas peço que aceite! – completou".
"Muito obrigado, senhor Aragaki! – agradeceu Satsuki".
"Também quero presentinho, senhor Aragaki! – disse Hajime, zuando".
"Vou lhe dar um cascudo, moleque! – disse o velho".
Todos riram naquele momento. Só que a risada foi silenciada, quando Satsuki ouviu uma coisa. "Essa música... parece ser, o réquiem!" pensou. Satsuki começou a andar em direção ao salão principal e logo viu uma cena que não desejaria ver: a harpa estava tocando, sozinha! Satsuki gritou e logo, todos que estavam perto do salão, correram para ver:
"Satsuki, o que houve? – perguntou Hajime".
"Hajime! A harpa... ta tocando, sem ter ninguém nela! – disse Satsuki, deseperada".
"Orfeu está aqui! Ele quer a sua harpa! – disse o sr. Aragaki".
"O que vamos fazer agora? – perguntou Keiichiro".
Nem deu tempo para o pessoal pensar em algo, e logo se depararam com a harpa, vazia, que começava a brilhar intensamente. A música continuava tocando, mas por um momento, ela parou. Em seguida, as cordas da harpa começaram a se soltar e de repente, começaram a crescer. Logo, as cordas se lançaram sobre todos que estavam no salão, inclusive Masato, que era bem habilidoso e tentou se esquivar delas. Todos começaram a ser enforcados pelas cordas, mas uma pessoa havia se livrado: o Sr. Aragaki:
"Socoooooooooorro! – gritava Hajime".
"Droga! Essas cordas estão apertando nós! – disse Keiichiro".
"Precisamos sair daqui! – disse Satsuki".
"Satsuki, precisamos fazer algo! Parece que a música faz com que as cordas nos apertem mais! – disse Momoko".
"Gente o que é aquilo? Perguntou Reo, apontando para a harpa".
Quando a turma se deu conta e olhou para a harpa, viu a figura de um homem, que era envolvido por uma energia azulada...
"É Orfeu! – disse o sr. Aragaki".
"Orfeu? Não pode ser! – disse Satsuki".
"Precisa fazer algo, senhor Aragaki! Ele não prendeu você! – disse Hajime".
"Sim! – disse o sr. Aragaki".
"Hahaha! É impossível! – disse o fantasma".
"Droga! O fantasma pode estar certo! Ouvi dizer que o réquiem pode ser uma sinfonia que anuncia a morte! – disse Masato".
"Não posso morrer agora! Mana, me ajuda! – disse Keiichiro".
Mas Satsuki nada pudera fazer. O fantasma continuava a tocar a música e as cordas iam apertando mais e mais todos que estavam presos nelas. Foi aí que o senhor Aragaki teve uma idéia. Ele correu até o jardim, e pegou uma foice e conseguiu cortar as cordas, mostrando até, uma certa habilidade. Mas para a infelicidade dele, ele só conseguiu soltar alguns, dentre eles, Satsuki:
"Tem algo em mente, senhorita Miyanoshita? – perguntou o velho".
"Não sei o que fazer! E se ele acabar de tocar a música? – perguntou Satsuki".
"Todos que a ouvirem e que também estiverem presos às cordas, irão morrer! – disse o senhor Aragaki".
"Não! Não vou deixar aconteceu isso! Eu já venho! – disse Satsuki, correndo em direção a recepção".
"Tudo bem senhorit... ah não! – disse o senhor Aragaki, que fora pego pelas cordas de Orfeu".
"Vai à algum lugar, mocinho? – perguntou o fantasma".
Satsuki correu até a recepção e lá pegou o livro de seu pai e lá procurou algo sobre Orfeu até que achou: "Aqui! – disse Satsuki – 29 de abril. O fantasma de Orfeu apareceu diante de mim na sala de música, quando eu fui limpar a sua harpa. Não sabia o que fazer na hora, mas o professor de música do colégio, disse que havia uma maneira de faze-lo dormir. Precisei de uma estatueta do Orfeu da mitologia e uma partitura de música para fazer o trabalho. O professor me disse para rasgar a partitura em cima da estatueta e dizer "Bravo! Bravíssimo!". Depois disso, eu ganhei uma partitura do professor! Vou por ela aqui no livro, como lembrança!" – leu Satsuki".
Então Satsuki se apressou e foi até o salão, onde viu que todos estavam ficando muito feridos por causa das cordas. Ela chegou perto do senhor Aragaki, que também estava preso e disse o que leu no diário:
"Bem que o seu rosto não me enganou na hora em que te vi! Você é filha do Rei, não é? – disse o senhor Aragaki".
"Sim! Então... você é o professor! – disse Satsuki".
"É! Olha, ali em cima daquela estante, tem uma caixa! Abra-a! – pediu o senhor Aragaki".
"Aquela lá? Tudo bem! – disse Satsuki, que foi lá e pegou a caixa. Quando a abriu, uma surpresa: Era a estatueta de Orfeu!".
"Nossa! É o Orfeu! – disse Satsuki".
"Agora, arrume uma partitura do réquiem! – disse o senhor Aragaki, que já estava sem forças".
"Onde vou encontrar uma partitura? – perguntou-se a si mesma, Satsuki, que se lembrou do que sei pai escreveu no livro".
Satsuki folheou mais o livro e viu no final, uma folha de partitura e se impressionou com a música que era: o réquiem! Satsuki começou a aprontar as coisas, quando ouviu os gritos de seus amigos. "Calma gente! Vou tirar vocês dessa" disse Satsuki, ajeitando tudo:
"Ô seu Orfeu! Olha isso! – disse Satsuki, provocando o fantasma".
"Não interrompa menina! A música vai acabar e todos morrerão! – disse o fantasma".
"Não se eu fizer isso! – disse Satsuki, mostrando a estatueta".
"Ora! Essa estatueta! Não pode ser! – disse o fantasma".
Não deu muito tempo para o fantasma reagir. Satsuki rasgou a partitura do réquiem e jogou os pedaços em cima da estatueta e gritou bem alto "Bravo! Bravíssimo!". O fantasma começara a brilhar de novo. "Nãããããão! Como pode? Derrotado por uma humana!" disse o fantasma, que começara a ser absorvido pela estatueta. Depois disso, as cordas se soltaram de todos e voltaram para a harpa. Satsuki se sentou no chão e ficou aliviada depois disso e foi acolhida por Hajime e os outros. Logo depois que ocorreu toda a bagunça por causa do fantasma, o senhor Aragaki puxou uma conversa com Satsuki e seus amigos:
"Foi muita coincidência, senhor Aragaki! O senhor tinha a estatueta guardada! – disse Reo".
"Ainda bem que todos se salvaram né? – disse Hajime".
"Que bom! Mas, cadê o Masato? – perguntou Momoko".
"É! Ele sumiu! – disse Keiichiro".
"Não importa! Estão todos bem agora! – disse Satsuki".
"Não imaginava que a filha de Kayako e Reiichiro fosse poderosa que nem os pais! – disse o senhor Aragaki".
"Muito obrigado! Mas como o senhor sabe do Orfeu? Ta certo que você era o professor de música deles, mas você sabe muita coisa! – questionou Reo".
"Acontece que o Orfeu da escola velha, era o meu pai! – disse o sr. Aragaki".
"O que? – disseram todos".
"É isso aí! Orfeu era o fantasma do meu pai, Seiko Aragaki! Meu pai se suicidou na sala da escola velha dois anos depois que eu meu formei na faculdade de música de Tokyo! – disse o sr. Aragaki".
"Impressionante! Mas por que ele fazia isso com os outros! Não entendo o porque dele atacar os outros! – questionou Hajime, indignado".
"Talvez ele tenha sido um músico incompreendido! – disse Satsuki".
"O que? Mana, por que acha isso? – perguntou Keiichiro à irmã".
"Ouvi dizer uma vez, que artistas incompreendidos, chegavama fazer loucuras, para serem notados! Acho que o pai do senhor Aragaki se matou para chamar a atenção de todos".
"Corretíssimo, senhorita Miyanoshita! O meu pai era um ótimo compositor e músico! Pena que ninguém gostava de suas músicas! Então ele se matou! – disse o sr. Aragaki, com lágrimas nos olhos".
"Queria poder entender melhor esse estranho mundo, que é o mundo musical! – disse Momoko".
"Um dia compreenderás, senhorita Koigakubo! – disse o sr. Aragaki".
Assim, a turma se despediu do senhor Aragaki e de todos do Lar de Idosos Green Hill. Satsuki ainda estava com a caixinha que havia ganhado do senhor Aragaki. Quando ela abriu, teve uma surpresa: Era uma caixinha de música, que tocava a canção dos ventos, de composição do sr. Aragaki. Satsuki se emicionou, pois ela achou muito bonita a música. Assim, a turma seguiu seu rumo. E Masato, onde foi parar? Ele estava caminhando já em direção à sua casa, e falando "Esse Orfeu é um fraco! Mas fazer o que? A chorona está ficando mais forte!".

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